Com a Selic em 13,75% ao ano e taxas de juros para empresas acima de 30%, as fintechs ganham espaço ao oferecer crédito rápido e desburocratizado
O Brasil continua a figurar entre os países com as maiores taxas de juros reais do mundo. Com a Selic em 13,75% ao ano, o custo do crédito para empresas e consumidores segue elevado. Dados do Banco Central mostram que a taxa média de juros para pessoa jurídica ultrapassa 30% ao ano, limitando o acesso de pequenas e médias empresas ao financiamento. O cenário é agravado pela exigência de garantias complexas e processos burocráticos por parte das instituições financeiras tradicionais, que dificultam ainda mais a obtenção de crédito, especialmente para pequenos negócios.
A inflação, que fechou o ano de 2024 em 4,83% somada a um momento de incertezas políticas, reduz a confiança de investidores e credores. “Nesse contexto, muitas empresas, especialmente as de middle market, enfrentam dificuldades para obter crédito devido à falta de histórico financeiro ou ativos para oferecer como garantia”, afirma Thiago Eik, CEO da fintech Bankme. Para o empresário, é nesse cenário que as fintechs ganham espaço, oferecendo soluções ágeis e desburocratizadas.
A Bankme, fintech de infraestrutura para o crédito, desenvolveu mini bancos, uma solução que permite que empresas ofereçam crédito a clientes e fornecedores em cinco dias. “Você tem um mini banco em suas mãos em apenas 05 dias, com toda a tecnologia e segurança necessárias. Essa inovação permite que as empresas ofereçam crédito de maneira ágil e eficiente, transformando suas operações financeiras”, afirma Thiago Eik, CEO da Bankme.
De acordo com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), o setor cresceu mais de 30% ao ano nos últimos cinco anos, impulsionado pela demanda por alternativas ao sistema tradicional. O modelo do Mini Banco permite que empresas utilizem capital próprio e de investidores para oferecer crédito, reduzindo a dependência de bancos tradicionais. Atualmente, a Bankme já opera com mais de 140 mini bancos espalhados por 22 estados brasileiros.
A solução é especialmente atraente para setores como saúde, educação, varejo e agronegócio, que enfrentam dificuldades para acessar crédito tradicional. “O conceito do Mini Banco é uma evolução das tradicionais securitizadoras, permitindo que empresas desenvolvam suas próprias estruturas financeiras para oferecer crédito. No caso da Bankme, toda a operação, desde a estruturação até o fechamento contábil, fica a cargo da fintech. Isso permite que as empresas reduzam custos, antecipem recebíveis e otimizem seu fluxo de caixa, mesmo em cenários econômicos desafiadores”, explica Eik.
Além de fortalecer relacionamentos com clientes e fornecedores, a oferta de crédito cria novas fontes de receita para as empresas. “Isso é especialmente relevante em cenários de crise, onde o crédito tradicional se torna escasso. A Bankme ajuda a democratizar o acesso ao crédito, reduzindo a concentração do mercado financeiro brasileiro, dominado por poucos grandes bancos”, destaca o CEO.
No entanto, a falta de educação financeira ainda é um obstáculo para muitas empresas, especialmente pequenas e médias. “Muitas não possuem conhecimento sobre as opções de crédito disponíveis ou como estruturar operações financeiras. Nesse sentido, iniciativas como o Mini Banco também contribuem para capacitar empresários, oferecendo ferramentas tecnológicas simples e eficientes para gerenciar suas finanças”, finaliza Eik.
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