Apesar da melhora, companhia catarinense não considera que a crise causada pela Covid-19 foi superada
A Weg viu seus principais indicadores econômico-financeiros avançarem no terceiro trimestre. As vendas totalizaram R$ 4,8 bilhões, alta de 18,1% sobre o período de abril e junho. O lucro líquido foi de R$ 644,2 milhões, mais de 25% em relação ao segundo trimestre. Já no acumulado anual até setembro, a receita líquida cresceu 31,5% e o lucro 43,5% (veja todos os dados na tabela ao final desta reportagem).
De acordo com a empresa catarinense, a receita do mercado externo em reais foi positivamente impactada pela variação do dólar norte-americano médio, que passou de R$ 3,97 no terceiro trimestre de 2019 para R$ 5,38 em igual período deste ano com valorização de 35,5% sobre o Real. “Deve-se considerar também que os preços de venda praticados nos diferentes mercados são estabelecidos nas diferentes moedas locais, de acordo com as condições competitivas regionais. Nas moedas locais, ponderado pelo peso de cada mercado, a receita líquida do mercado externo apresentou crescimento de 4,5% em relação ao terceiro trimestre de 2019”, explica a Weg em seu relatório.
A companhia de Jaraguá do Sul afirma, ainda, que este trimestre foi marcado pela retomada da demanda de equipamentos de ciclo curto, tanto no Brasil, como no exterior, onde a recuperação, apesar de mais lenta, se mantém constante desde abril e maio, piores meses do impacto da pandemia. A melhora na demanda por equipamentos de ciclo curto ocorreu em todas as áreas de negócios, ainda que em ritmos diferentes entre elas. “Os negócios de Motores Comerciais e Appliance, Tintas e Vernizes e Geração Solar Distribuída (incluída em GTD) ligados ao mercado brasileiro apresentaram rápida recuperação, atingindo volumes ao final do trimestre similares aos níveis pré-pandemia. Já os negócios na área de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais mostraram boa evolução em relação ao trimestre passado, ainda que em menor intensidade no mercado externo quando comparado com o mercado interno”, detalha a Weg.
Outro destaque foi o desempenho dos negócios de ciclo longo, que continuam a contribuir positivamente para o resultado, fruto da importante carteira de pedidos construída tanto no Brasil quanto no exterior. De acordo com a Weg, projetos para indústrias relevantes como mineração, papel e celulose, água e saneamento e óleo e gás, bem como na área de transmissão e distribuição, foram os principais responsáveis pelo bom desempenho entre julho e setembro. “É importante mencionar que, apesar da melhora na dinâmica de negócios neste trimestre, não consideramos que a crise causada pela Covid-19 foi superada. Incertezas com relação à recuperação econômica mundial ainda existem e os impactos futuros em diversos segmentos da indústria podem refletir em nossos negócios no médio e longo prazo, principalmente nos projetos relacionados aos equipamentos de ciclo longo”, explica a empresa.
A Weg é a quinta maior empresa da região e a terceira de Santa Catarina, de acordo com o anuário 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com a parceria técnica da PwC.