Quem são os influenciadores presos na Operação Game Over por incentivar seguidores a apostarem no ‘Jogo do Tigrinho’

Dois influenciadores foram presos na manhã desta terça-feira (25) por promover links “viciados” e incentivar apostas no “Jogo do Tigrinho”. Paulinha Ferreira e seu marido, Ygor Ferreira, exibiam uma vida de luxo e glamour nas redes sociais, o que chamou a atenção da polícia e os colocou na mira da Operação Game Over.

Paulinha Ferreira tinha mais de 1 milhão de seguidores antes de sua conta ser derrubada por ordem judicial. Ela exibia viagens internacionais, carros de luxo e muitas festas. Em sua última festa de aniversário, ela foi presenteada pelo marido com uma lancha.

Antes da fama, Paulinha administrava uma loja de roupas e promovia peças no Instagram. Ela também fazia provadores de roupas para outras lojas, sendo paga para experimentar e postar sobre os produtos.

Há pouco mais de dois anos, Paulinha descobriu os jogos online e começou a divulgar seus ganhos iniciais, que eram baixos. Ela ensinava seus seguidores a jogarem também. Com o tempo, seus ganhos exibidos aumentaram e ela sempre compartilhava links que, segundo a Polícia Civil, eram contas “demo” com ganhos irreais para incentivar seguidores a apostar.

Nos últimos meses, Paulinha lançou suas próprias plataformas de jogos com eventos luxuosos em lugares como Fernando de Noronha, Paris e Dubai, convidando diversos influenciadores para participar e divulgar links. Ela possuía carros de luxo como Porsche Veloster, uma Ferrari e uma Land Rover, além de um apartamento e terrenos em um condomínio de luxo, todos apreendidos pela polícia.

Paulinha e Ygor se casaram em uma festa luxuosa em 2023, com atrações como o cantor Nattan. Ygor, que era advogado criminalista, deixou a advocacia após ser introduzido aos jogos por Paulinha, passando a divulgar altos ganhos e links para seguidores se cadastrarem. Ele também realizou rifas online.

O casal foi preso nesta terça-feira e levado para a delegacia, onde prestaram depoimento. Após um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e uma audiência de custódia, ambos foram liberados.

“Há indícios de que eles tinham informações privilegiadas sobre a operação. Eles compraram passagens para Dubai na noite anterior à deflagração da operação. Quando a polícia chegou à casa deles, estava abandonada. Por isso, fiz uma representação e a 17ª Vara aceitou e decretou a prisão preventiva deles”, afirmou o delegado Lucimério Campos.

By Vinicíus Santarém

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